sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Crítica, Saudosismo e Exagero



LEANDRO P NEVES 
MARCO ROGÉRIO BARREIROS

O pensamento crítico tem valor de nos fazer analisar o conceito de qualquer coisa, independente da sua inovação e/ou evolução, mas e quando a crítica é saudosista e com pouco ou nenhum desejo por algo novo. Qual o seu papel?
O crescimento da cibercultura é ainda uma possibilidade que está em desenvolvimento, se movimenta rápido e mais rápido ainda é sua mutabilidade, de uma forma que se transforma em uma nova forma. Há sim uma urgência em sua demanda de desenvolvimento, os grandes textos viraram pequenos relatos, que viraram expressões de menos de 140 caracteres, e logo será algo ainda mais direto, mas seria isso possível? Impossível é a comunicação ser sempre da mesma forma. Antes o Orkut era só pra convidados, depois para qualquer um, agora redes com critérios para ser aceitos, rede fechadas, abertas, semi-abertas exclusivas, e assim se segue a comunicação em todos os meios, sempre remodelada.
A roda não pode ser reinventada, mas pode ser aperfeiçoada. Alguns insistem saudosamente por grandes carruagens atravessando as florestas por dias e dias, atravessando romanticamente o país até a chegada a seu destino, contudo muito mais prático é voar a velocidade e conforto de um Airbus. Assim também a comunicação segue por vias rápidas, com pressa por novas idéias e sem ligar para críticas que formalizam uma forma apenas de se exercer a comunicação, a unidirecional e com conteúdo altamente controlado. Não se pode estar morto nem viver virtualmente, em extremos antagônicos, deveria apenas existir o equilíbrio. 

Tudo é um CLICK


Se você quer ser percebido, notado e até famoso, a internet é o lugar. No ciberespaço vale tudo, todas as vozes têm a mesma força. 
Contas no youtube, Orkut, twitter, MSN e blog são alguns dos passaportes para a interatividade na rede. Nela a censura é mínima e o mais importante, qualquer coadjuvante pode se tornar o protagonista. E na confusão entre o real e o virtual, os atores que costumamos ver fora da tela, como o Estado, por exemplo, se tornam imponentes perante a 1 bilhão de internautas que formam uma nova classe.
A cada segundo acontece 1 milhão de clicks nas páginas da internet. Se uma pessoa clicasse uma vez a cada segundo, demoraria doze dias clicando ininterruptamente até atingir 1 milhão de clicks, ou seja demoraria 12 dias para repetir o que acontece no mundo inteiro a cada segundo! 
Entre todos os veículos de comunicação, a internet foi a única capaz de criar uma comunicação de mão dupla em tempo real, facilitando a rápida disseminação da informação. 






Referências:
ROSA, Mario. A reputação na velocidade do pensamento. São Paulo: Geração editorial, 2006.

Leia também:
ALVARES, Valdir Grandini. O lugar histórico dos grupos criativos. 2010
LEVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999.

Crítica a substituição

JÚLIO BARBOSA 
VANESSA SILVA

Desafios da Cibercultura para o Jornalista
Sabemos que a bastante tempo, a internet e os novos meios de comunicação, tem ganhado destaque e revolucionado as formas de se comunicar, não é mesmo? Mas o que muitos não entendem é como a cibercultura tem mudado tanto a forma de se fazer jornalismo.
A Internet adicionou ao jornalismo qualidades características da interatividade e da hipermídia, que são alguns dos desafios para a comunicação no ciberespaço. O perfil do webjornalista deve se construir a partir da visão de uma notícia escrita e publicada num sistema interativo e dinâmico. Assim, o maior desafio dos comunicadores, nesta “nova era”, é a necessidade de mudança quanto à atuação do jornalista; entendendo que o webjornalista precisa possuir um perfil diferenciado, moldando-se as novas condições de trabalho e produção da notícia.

Referências sobre Cibercultura:

Para os interessados em novas tecnologias de comunicação vale ler a tese de mestrado “Perfil do jornalista na Cibercultura: desafios do webjornalismo”. O texto de Dulcinéia Novaes traz importantes considerações sobre essa nova era em que todos nós vivemos, mostrando que o webjornalista deve possuir um perfil diferente dos outros profissionais da área, moldando-se rapidamente as novas condições de trabalho trazidas pela Cibercultura.


Na página da Uol Teconolgia, encontramos textos interessantes que mostram a evolução tecnológica, entre eles, uma matéria sobre os viciados em internet. O que chama atenção em seu conteúdos são os números e personagens dependentes por internet trazidos em uma matéria escrita no ano de 2005.
O texto pode ser encontrado em:
 

O livro Olhares sobre a Cibercultura é feito para os que desejam compreender a relação das tecnologias com a comunicação e informação com a sociedade e a cultura contemporânea. Nele, encontramos várias viões sobre a cibercultura, entre elas, a velocidade da era informacional, a nova cidadania digital e a questão do espaço público virtual.
A obra pode ser encontrada por aproximadamente R$ 30,00 nas melhores livrarias do país.
FREIRE FILHO, João; HERSCHMANN, Micael. Novos rumos da cultura da mídia:
indústrias, produtos, audiências. Editora Mauad.







Conflitos de interesse e diversidades do ponto de vista


PAULA DANIELLE GOMES
 ANA RAFAELA SAAB 
Pierre Levy em sua obra Cibercultura afirma que o melhor uso que se possa ser feito da internet, é por meio da ”conjugação eficaz de inteligências e das imaginações humanas”, este é um projeto extremamente humanista e emancipador, uma vez que valoriza o desenvolvimento humano a serviço do bem público. Toda essa mudança que ocorre de maneira extremamente acelerada em relação à virtualização e universalização são tendências irreversíveis no qual devemos nos familiarizar e que encarnam em nossas vidas, repercutindo no âmbito econômico, político e social.
A cibercultura propiciou o advento da economia do conhecimento, valorizando e otimizando as qualidades humanas; na política, tem ajudado o fortalecimento de uma democracia mais direta e participativa, com abordagem comunitária e mundial e já no campo cultural e social, vem valorizando a criação coletiva e a interatividade, entre outros.
A TV e a poderosa mídia criticam o ciberespaço colocando-o como facilitador ao terrorismo, pedofilia etc. Porém este ponto de vista quer favorecer o interesse individual destes poderosos que enxergam na internet uma ameaça, uma vez que é uma alternativa para as mídias clássicas, que fazem da comunicação algo unidirecional e deixam os receptores isolados uns dos outros, isso tudo é quebrado com o ciberespaço, que propicia a inteligência coletiva, onde seres humanos, por meio das tecnologias, conjugam sua inteligência e imaginações a serviços das pessoas.

INDICAÇÕES DE LIVROS A RESPEITO DO TEMA:

CONSTRUINDO COMUNIDADES DE APRENDIZAGEM NO CIBERESPAÇO
Rena M. Palloff; keith pratt

CIBERESPAÇO: UM HIPERTEXTO COM PIERRE LÉVY
Pierre Lévy

CIBERESPAÇO: UM HIPERTEXTO COM PIERRE LÉVY
Pierre Lévy

INTERACAO E SENTIDOS NO CIBERESPACO NA SOCIEDADE

Antonio Fausto Neto

DESAFIOS PARA O PROFISSIONAL DE RELAÇÕES
PÚBLICAS EM RELAÇÃO AS NOVAS TECNOLOGIAS:
 Um grande desafio para o Profissional de RP é estar sempre atualizado quanto aos recursos tecnológicos utilizados para palestras e apresentações.
Quando o profissional domina o recurso sua apresentação se torna muito mais interessante e atrativa, porém, quando não há esse domínio, o público tende a desviar sua atenção do tema abordado para a dificuldade do palestrante. Um exemplo desse tipo de recurso é o Projetor Multimídia.







A nova relação com o saber








ALINE MUNHOZ SANTANA
ANA PAULA DOS SANTOS
PRICILA RODRIGUES SOARES

Vivemos na era da velocidade do surgimento das informações, na mesma rapidez com que surgem se tornam obsoletas, o que implica na renovação dos saberes. E essa transação do conhecimento segundo Levy, significa cada vez mais, aprender, transmitir saberes e produzir conhecimentos.
   Se o saber estava baseado na escrita, nos livros, hoje se estrutura nos valores do ciberespaço em que as pessoas compartilham seus conhecimentos nesse mundo virtual reforçando o processo de inteligência coletiva através de fóruns, comunidades virtuais, blogs, sites, conferências eletrônicas que proporcionam um conhecimento que vai além da teoria.
    O que ocorre segundo Levy é um dilúvio das informações que não estão mais restritas a um pequeno número de pessoas, esse saber aparentemente sem fronteiras, se torna destotalizado e desorienta devido à multiplicidade de informações.
   Além disso, as novas tecnologias modificam a educação e a formação dos indivíduos, sua memória, raciocínio, percepção, pois procura novas formas de acesso a informação.  Um exemplo dessa nova constituição do saber é o ensino a distancia, pois a aprendizagem, ao mesmo tempo em que é coletiva e em rede, não há contato direto entre professor e aluno na transferência dos conhecimentos. De acordo com o MEC, atualmente cerca de três milhões de brasileiros utilizam a Educação a Distância. O crescimento da modalidade é visível no número de matrículas: eram 2.287 em 2000 e em 2009 foram 814.183. *
   O ciberespaço, portanto, proporciona a interação das pessoas e faz com que o conhecimento seja acessível, produzido e reproduzido  pelo homem que busca cada vez mais ampliar seu saber através das novas tecnologias compartilhando as informações.

*Fonte da informação do MEC: Disponível em: <http://perdigital.wordpress.com/2010/04/23/os-numeros-da-educacao-a-distancia/>.

DESAFIO PARA O PROFISSIONAL DE COMUNICAÇÃO NA CIBERCULTURA
Com a multiplicidade de informações disponibilizada na rede, sem dúvida o desafio do profissional de comunicação é lidar com a supervisão da informação, já que na era da cibercultura informação não tem dono, nem território próprio, mas tem poder suficiente de formar opinião. Hoje, as organizações sem querer estão sendo monitoradas pelas pessoas que buscam nas diversas fontes tecnológicas, um auxílio para comprar um determinado produto ou serviço. E, os profissionais de comunicação além de acompanhar essa demanda de informações avaliando a imagem que as organizações possuem, podem ainda interagir com os públicos respondendo com mais agilidade suas dúvidas e, além disso, transformar esses dados em propostas de melhoria nas organizações. 

CURIOSIDADE
Atualmente, conforme referido na charge, as empresas além das entrevistas tradicionais e das dinâmicas em  grupo utilizam em seus processos seletivos ferramentas da web como o Orkut, facebook e os blogs que permitem com que a empresa conheça melhor o perfil de seus candidatos.
Se antes grande parte das contratações eram indicações pessoais, hoje, as contratações podem ser realizadas através de sites de recrutamento ou de relacionamento empresarial, o que demonstra como a cibercultura está modificando os comportamentos da sociedade, interferindo até mesmo no mercado de trabalho.  
 



SUGESTÕES DE REFERÊNCIAS SOBRE O TEMA

A Cabeça Bem-Feita: Repensar A Reforma Do Pensamento

Um dos pensamentos centrais do autor é a reforma do pensamento que revolucionará a educação do século XXI. Para tanto os conhecimentos precisam ser compartilhados, pois de nada adianta as cabeças “fumegarem”, se não disseminarem e articularem  esses conhecimentos. Morin defende que tanto as partes quanto o todo são subordinados, pois, “o conhecimento das partes depende do conhecimento do todo e o conhecimento do todo depende do conhecimento das partes?”. Desta forma podemos ver  uma cabeça bem-feita como a  aquela  que abandona o “eu” para vivenciar e utilizar o “nós”, pois este é o verdadeiro conhecimento que  permuta entre as pessoas.


Morin, Edgar. A Cabeça Bem Feita- Repensar a Reforma/Reformar o Pensamento. Cortez. São Paulo/SP, 1999

Novas Tecnologias e o Re-encantamento do Mundo:
Tecnologias Na Educação de José Manuel Moran

Na concepção desse autor, as tecnologias na educação não mudam necessariamente a relação pedagógica, não substituem os professores, só alteram algumas de suas funções, o que estimula a curiosidade do aluno. Sendo assim, este novo posicionamento do professor “transforma informação em conhecimento e conhecimento em saber”. Para Moran nesse tipo de educação os professores e alunos ficam mais próximos e imediatamente o processo de ensino-aprendizagem ganha dinamismo, inovação e poder de comunicação inusitados.
 

Coletividade? E o que isso tem com a Cibercultura?

FABRÍCIO ALVES
GABRIELA S. PEREIRA


Coletividade. Talvez essa seja a palavra que sintetiza o futuro dos conteúdos criados para o ciberespaço. No mundo virtual, as pessoas não se importariam mais com os direitos autorais, e sim em que o conteúdo produzido seja compartilhado e alterado por outras pessoas. No final não vai importar quem fez, mas o produto em si que, por não ter autoria, passa a ser de todos, universal.
É meio complicado a gente pensar isso hoje em dia, com todas essas brigas por direitos autorais. Os artistas sempre são acusados de plagiar alguém. Veja só os clipes da Lady Gaga. Sempre há uma referência a grandes nomes da cultura pop. Em Telephone, ela a Pussy Wagon do filme Kill Bill, mas também o Dinner em quem Gaga e Beyoncé matam as pessoas é uma referência ao seriado policial NCIS – Naval Criminal Investigative Service. Em Alejandro, ela utiliza cenas e passos já apresentados no clipe Vogue da cantora americana, Madonna. Uma iniciativa no sentido de promover a criação coletiva é o selo Creative Commons, que dá o direito a “licenças flexíveis para obras intelectuais” para que uma pessoa usar o conteúdo criado por outra pessoa. Veja o vídeo explicativo:


























O mais legal dessa evolução na internet é que ninguém poderá ser acusado de plágio, porque no futoro, não existirá autoria. A pesquisa que alguém começou e disponibilizou na internet será completada pela pesquisa de outros. No final será um texto de domínio público, sem autoria, assim como são os textos mitológicos, as canções populares, ou as cantigas de roda, sem autoria. Afinal, qual é a vantagem de saber quem criou “atirei o pau no gato”, vai mudar o sentido da música?

Que tal relembrar o fenômeno da Copa? E não estamos falando de nenhum jogador!

Começo da Copa do Mundo, olhos voltados para as televisões de todo o mundo e no Brasil a Rede Globo se destaca na cobertura do evento esportivo. Entretanto, nem todos os brasileiros aprovam a narração dos jogos feita por Galvão Bueno e foi isso que despertou a ideia de mandá-lo “calar a boca”. Tudo começou no Twitter (microblogging) e não se sabe de onde isso surgiu. Porém, um desabafo brasileiro tornou-se rapidamente um motivo de piada para a população que observou o interesse de outros países na hastag #CALABOCAGALVAO. Logo, criou-se a história que tudo isso era uma mobilização para salvar os pássaros Galvões da extinção. Um tweet ajudaria com certa quantia para a instituição que cuidava dos “Galvão birds”. Uma grande piada fez muita gente de todo o mundo acreditar na extinção de um pássaro que nunca existiu e tudo isso por conta da interação entre os brasileiros e cooperação para crias vídeos, blogs, canções e imagens, como a de Bart Simpson, do desenho The Simpsons, que ganhou uma nova versão para seu castigo escolar.




Quer saber mais sobre Cibercultura? Nós te damos uma mão!

“Novos e velhos meios de comunicação na esfera pública de Habermas” de Miguel MidõesEste artigo defende que a cibercultura põe em prática o conceito de esfera pública de Habermas, no qual a sociedade participaria diretamente nas discussões e decisões políticas que interferem na própria sociedade, uma conduta que se perdeu com o processo de massificação e que pode ser retomada no ciberespaço.
<http://www.bocc.uff.br/pag/midoes-miguel-novos-e-velhos-meios-na-esfera-publica.pdf>

“Cibercomunicação: conceito de coletividade no ciberespaço” de Luis Enrique Cazani Junior, Letícia Passos Affini – O artigo trata da proposta que a comunicação instantânea traz atualmente em relação às TICs – Tecnologias da Informação e Comunicação – que ao se desenvolverem com mais agilidade propiciam aos seus usuários que participem da produção de conteúdo e disponibilização dos mesmos em sites como o Youtube e Wikipédia.
<http://prope.unesp.br/xxi_cic/27_36452384848.pdf>

Bibliografia de Cibercultura – Os principais livros sobre a interação mediada por computador, selecionados por Alex Primo  - O blog criado por Alex Primo, pesquisador da área de Comunicação, apresenta uma seleção de livros que tem como principal  assunto a Cibercultura e interação da sociedade. Além disso, associam blogs, vídeos e imagens as mídias sociais e em uma tentativa de explicar o ciberespaço. <http://www.bibliografiadecibercultura.com/>

*Outros sites que utilizam da colaboração para a publicação de conteúdo:

Wikipédia - Enciclopédia online totalmente colaborativa, no qual qualquer artigo ou obra pode ser modificado, reescrito e ampliado, desde que se preservem os direitos de cópia e modificações. <http://pt.wikipedia.org/wiki/Página_principal>

Desciclopédia Paródia do site Wikipédia, no qual seus conteúdos são artigos escritos de maneira sarcástica e com caráter humorístico. Logo cabe ao site a classificação de Enciclopédia humorística. <http://desciclo.pedia.ws/wiki/Página_principal>

Posta Vc – (Papel Pop) – Um dos sites ligados ao site de cultura e notícia Pop, Papel Pop. No site colaborativo o primeiro passo é cadastrar-se, logo em seguida mandar alguma matéria e assunto interessante relacionado ao tema do blog. Depois disso, e só aguardar a aprovação dos responsáveis pelo site.  <http://papelpop.com/postavc/>

DevianART – Comunidade virtual artística onde artistas do mundo todo podem conhecer, divulgar compartilhar e  vender seus trabalhos e o de outros. <http://www.deviantart.com/>



O som da cibercultura



PATRICIA APARECIDA COSTA

SIMONE ELOISA TOMAROZZI
VIVIANE APOLONIO DE OLIVEIRA


O capitulo oito do livro Cibercultura de Pierre Lévy, sob o titulo “O SOM DA CIBERCULTURA” aborda a questão da produção e recepção das obras, vemos que a música tecno trata-se de uma questão de co-participação. A partir da visão de Pierre Lévy vamos discorrer a cerca da ciberarte e as características que estão presentes na musica tecno.
A cibercultura é a junção da comunicação contemporânea e as novas tecnologias, podemos dizer que é a cultura que temos hoje transferida para o mundo virtual. Tudo que se liga a questão do digital e virtual em se tratando de hibridações do “real” e do “virtual”, fazem parte deste universo tecnológico.
A ciberarte é um dos gêneros da cibercultura, sua principal característica é a co-participação na construção das obras artísticas e percebemos que ela se torna um universo sem totalidade, pois a criação da obra tem um começo mais não há como determinar o seu fim. A partir da obra criada os participantes podem recriar obras colocando novos efeitos ou estilos e fazendo surgir uma nova peça e disponibilizando online para que outros possam se utilizar dela.  Outra característica marcante da ciberarte é a criação contínua, a obra é aberta para construção e reconstrução não se limitando mais apenas ao momento de sua concepção.
Um dos gêneros que compõe a ciberarte é a música técno, ela tem todas as características da cibercultura, sendo totalmente aberta a criação e recriação, onde o espectador não é mais um ouvinte passivo e sim co-autor da obra. Os autores da música técno não tem a preocupação em criar músicas para a posteridade, eles geralmente modificam músicas já existentes no momento de sua performance e de acordo com as reações de seu público.
Desafio para o profissional de Relações Públicas:
A cibercultura constitui um desafio para o profissional de comunicação na medida em que todos os relacionamentos quebram as barreiras locais assim como a transmissão de informações. Se um funcionário ou cliente descontente poderia influenciar 10 pessoas negativamente, esse número pode alcançar proporções inimagináveis com o advento da cibercultura. Um cliente descontente cria uma comunidade no Orkut difamando a empresa e a divulga para todos os seus contatos e esse divulgam para os seus assim sucessivamente. A velocidade em a informação viaja atualmente constitui o maior desafio para os profissionais de comunicação, já que devemos nos preocupar em fazer com que essa velocidade trabalhe mais a nosso favor que contra. 


Para saber mais sobre este assunto:
Lévy, Pierre. Cibercultura. Tradução de Carlos Irineu da Costa. São Paulo: Editora 34,1999. Este livro aborda os principais aspectos da cibercultura, e de que forma as novas tecnologias interagem com a vida da sociedade e a afeta.
O Virtual DJ é um aplicativo que coloca você no comando da mesa de mixagem, se você quer saber como é ser um DJ, esta é uma alternativa virtual muito interessante. O software agrada tanto a novatos como profissionais, usufruindo de um número infinito de sugestões, disponibilizando diversos efeitos legais, este aplicativo esta disponível no http://www.baixaki.com.br/download/virtual-dj.htm em uma versão para testar por 20 dias.
 O programa DFM Granuloma é um software interativo que foi elaborado por estudantes da universidade federal do Rio Grande do Sul. Este programa permite modificar em tempo real o som de um instrumento musical. Para conhecer este trabalho acesse http://ufrgsweb.ufrgs.br/node/377



Movimento Social da Cibercultura


ROBERTO ALVES
GABRIEL BANDEIRA


A idéia de ciberespaço é fruto de um movimento social, com seu grupo líder, a juventude metropolitana escolarizada, a criação de comunidades virtuais, inteligência coletiva, etc. Um movimento social ocorre na esteira de desenvolvimentos técno-industriais, correntes culturais ou fenômenos de mentalidade coletiva.
A idéia do Ciberespaço remete à pratica de interação social e o correio é um claro exemplo disso. O ciberespaço é uma forma de usar infra-estruturas já existentes e o correio é largamente utilizado, desde a antiguidade.
O correio constitui uma rede de conexão social. No século XV, alguns estados da Europa implantaram o correio a serviço do governo central como um meio de transmitir noticias em todos os pontos do reino e assim emitir ordens o mais rápido possível.
            A criação do ciberespaço é conseqüência de um movimento social californiano intitulado Computers for the People. O objetivo do movimento foi o de massificar o uso dos computadores para que o maior número de pessoas pudesse aproveitar os benefícios da informática, antes monopolizado pelos governos e grandes empresas. O resultado foi que no final da década de 70 o preço dos computadores pessoais estava acessível a uma parte da população. Contudo, a informática pessoal, decorrente do movimento Computers for the People, não foi prevista por nenhum governo ou multinacional poderosa.
            Outros dois exemplos demonstram que determinadas invenções surgem da necessidade e desejos da mentalidade coletiva: o veículo automotivo e o correio. O automóvel surgiu porque existia o desejo individual de autonomia. Por si só, a indústria não teria conseguido impor esse desejo. O correio, enquanto técnica postal de distribuição ponto a ponto, de indivíduo para indivíduo distante, ou seja, como sistema social de comunicação, surgiu na Europa do século XVII devido as idéias e práticas de liberdade de expressão e de livre contrato entre os indivíduos. A técnica do correio para comunicação oficial dentro de um determinado território já existia na China e no Império Romano. Então, a diferença é que os europeus da Idade Clássica utilizaram a infra-estrutura de comunicação existente para uma nova prática de correspondência numerosa e normal entre indivíduos. Surgiu, então, um significado humano para essa antiga prática de comunicação.
            De maneira um tanto quanto parecida, o ciberespaço surge de um movimento e desejo humano que utiliza a tecnologia da informática, da infra-estrutura técnica de telecomunicação, para a comunicação recíproca entre indivíduos.
            Três foram os princípios que orientaram o crescimento inicial do ciberespaço: a interconexão, a criação de comunidades virtuais e a inteligência coletiva.
            A interconexão é a base, o bem em si, a finalidade do ciberespaço. O horizonte técnico do movimento da cibercultura é a comunicação ou intercomunicação universal.
            Como conseqüência da interconexão, surgiram as comunidades virtuais. O objetivo das comunidades virtuais são as afinidades de interesse, a cooperação e troca de conhecimento. Tudo isso independente de localidade geográfica.
            A finalidade das comunidades virtuais é a produção e interconexão da inteligência coletiva. A união dos saberes de todas as pessoas conectadas a rede e interessada em compartilhar conhecimentos, os mais variados possíveis.
            A interconexão condiciona a comunidade virtual, que é uma inteligência coletiva em potencial.  
            O movimento social e cultural do ciberespaço não visa divulgar um conteúdo particular, mas uma forma de comunicação não midiática, interativa, acessível e permitida a todos.
            O debate e a liberdade de expressão são estimulados, enquanto os preconceitos são repugnados.       

O universo sem totalidade

LUCIANO BRUNO DA SILVA
TIAGO AUGUSTO DE SOUZA SANTOS

A cada mês, dia ou hora que se passam, cada vez mais pessoas, computadores e novas informações são injetadas na rede. Isso se dá pelo fato de que o ciberespaço se torna cada vez mais “universal”, aceitando a todos, pois seu interesse maior é de colocar em contato um ponto com qualquer outro ponto, sem se importar com a carga semântica das informações trocadas.  O universal da cibercultura cada vez menos se torna totalizável, pois se trata de um universo indeterminável, sem linha de centro ou de diretrizes. Além disso, o ciberespaço é vazio, e sem conteúdo particular.
            É bem verdade que o ciberespaço se organiza como um sistema de sistemas, e por isso é chamado por Pierre Lévy de sistema do caos. Sendo assim, no plano técnico se apresenta muitas vezes como alguns sistemas ecológicos, pois em longo prazo um determinado “nicho” pode não acolher um grande número de espécies concorrentes.  Sendo assim, no ambiente tecnológico do ciberespaço, os promotores de sistemas operacionais, de editores de textos, ou de aplicativos para acesso a Internet esperam que seus produtos sejam um padrão, ou seja, o mais utilizado.
            Por falar em ciberespaço, é claro que não devemos deixar de ressaltar a sua importância dentro das organizações atuais. Com o crescimento frequente da era digital, cada vez mais a informatização da comunicação tem tomado espaço nas empresas, destacando-se o e-mail como uma poderosa ferramenta de comunicação no ambiente organizacional, pois ao dispensar os papéis, carimbos, vistos e assinaturas, o e-mail contribui para a diminuição da fomalidade, burocracia e hierarquia que compõe as organizações. Proporcionando otimização da produção e da circulação de mensagens administrativas.
            Além de ser um instrumento poderosíssimo para a flexibilização da estrutura organizacional. O correio eletrônico também é muito prático e acessível, o que contribui para a agilidade no ambiente de trabalho, ninguém merece perder tempo procurando papéis, sendo assim, as empresas caminham para um contexto onde as mesas dos escritórios não se encontram mais “lotadas de papeladas” em cima das mesas e/ou dentro de suas gavetas, e sim, o que se vê hoje é a caixa de entrada repleta de e-mails, o que contribui para a organização pessoal e acessibilidade de cada funcionário.

DESAFIO PARA O PROFISSIONAL
            
            Fazer o máximo possível para evitar o acúmulo de papéis, utilizando na intranet e internet, o correio eletrônico (e-mail). Apesar do fato que as novas tecnologias vieram contribuir com o meio ambiente no sentido de menos papel sendo descartado, é cada vez mais frequente o uso do papel para o profissional nas organizações.
            Estamos perto do momento em que possivelmente, cada vez menos haverá jornais e livros em versões impressas e cada vez mais versões online e em leitores digitais. Sendo assim, cabe ao profissional, agir racionalmente no que diz respeito ao uso da celulose, uma vez que, estará acompanhando tendências e agindo de maneira responsável com o ambiente a sua volta e com sua conservação.

REFERÊNCIAS
  • Lévy, Pierre. Cibercultura; tradução de Carlos Irineu Costa. São Paulo, Ed. 34, 1999.
  • Roman, Artur. Chega de papel! O correio eletrônico e a comunicação administrativa nas empresas. Encontro Iberoamericano de Ciências da Comunicação. Santos, setembro/97
  • Vídeo: A Influência da Cibercultura na nossa vida. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=L-6pPjyRrkg


Proposta de pesquisa e criação coletiva acerca da Cibercultura


NAIÁ AIELLO
MARIA AMÉLIA GIL

1) Ciberespaço é o espaço aberto pela interconexão mundial dos computadores. Desde seu surgimento abriu caminho para uma revolução no campo da comunicação e continua se reciclando e atualizando constantemente. Em princípio o ciberespaço permitia o acesso rápido a informações a partir de mecanismos de busca pela web, além de possibilitar o contato quase instantâneo entre pessoas, por meio do correio eletrônico.
Essa instantaneidade delineou o perfil do ciberespaço e da própria sociedade. A internet fica cada vez mais rápida, acessível e portátil, e a produção de informações para esse meio tem se adaptado aos poucos. Qualquer pessoa pode veicular uma informação a qualquer momento, e embora algumas vezes seu conteúdo seja de pouca profundidade, a rapidez com que o mesmo pode ser transmitido e também atualizado é a principal marca da comunicação virtual. Exemplo disso é o microblog twitter, que permite rápidas, embora curtas, postagens, onde os membros divulgam uma informação, relevante ou não a outros, mas que ampliam a rede de comunicação.
Quando o ciberespaço começou a se impor, é provável que não se imaginasse a dimensão das transformações que traria, mas logo tudo convergiu para a internet. Bancos e lojas disponibilizaram seus serviços via web, jornais criaram páginas ligadas à sua versão impressa, serviços de busca telefônica ganharam sites específicos, reuniões se transformaram em videoconferências, filmes e músicas foram disponibilizados para download e conversas em tempo real com pessoas a milhas de distância tornaram-se comuns. O espaço físico e o virtual estão cada vez mais ligados, interagindo entre si, e enquanto for possível à internet transpor limites, mais novidades e transformações surgirão em ambos os espaços.
2) O que consideramos um desafio para o profissional de comunicação que trabalha com novas tecnologias é a constante reciclagem e adaptação necessária para interação com os novos meios. Foi o que ocorreu com o twitter que, há mais ou menos um ano, que se expandiu e passou a fazer parte da gama de redes sociais utilizadas por empresas. O profissional tem a necessidade de desenvolver novos métodos – de escrita, como forma de atrair os leitores, fazer do microblog a ponte para um modo mais concreto de mostrar a empresa ou seu produto - para que o alcance que almeja obter com o twitter torne-se concreto. Mais do que isso: é preciso entender com qual público lidará, suas necessidades como consumidores e quais serão as ferramentas utilizadas para que as redes sociais apliquem-se de maneira eficiente em suas necessidades.
3) Dia desses vi uma charge muito engraçada que ilustra bem o assunto. Era um pai que filmava o parto do seu filho e falava para a mãe: “Empurre, querida. O Youtube tem limite de 10 minutos para os vídeos”. A charge mostra como modificamos nossa vida para nos adaptarmos às novas tecnologias, mesmo em uma situação cuja importância transpassa o valor dos meios tecnológicos em nosso cotidiano. Aos poucos, mesmo que sem perceber, integramos esses novos meios em nossas rotinas, que acabam por condicionar nossos atos e atividades.
4) Apresentar três sugestões de referências sobre o tema cibercultura (livros, artigos, revistas, sites, blogs), acompanhados de breve texto explicativo (com 3 a 5 linhas cada).
 - Artigo de André Lemos: Cibercultura e Mobilidade: a Era da Conexão

O artigo de André Lemos discute a modificação no espaço urbano e nas relações sociais por meio das inovações tecnológicas. Para ele, o presente não é a era da internet, mas sim da conexão. Com a modernização de equipamentos eletrônicos como as conexões sem fio (wi-fi) e os netbooks(computadores portáteis), a conexão pode ser viabilizada de qualquer lugar, sem as restrições enfrentadas há alguns anos.

 - Apresentação de Slides do Professor Marcelo Träsel
Em sua apresentação, Träsel traça um paralelo em sua análise histórica do mundo e da cibercultura, exemplificando por meio de filmes que retrataram seu surgimento e modernização. Entre os filmes, estão Tempos Modernos - de Chales Chaplin -; Planeta dos Macados – de Franklin Schaffner - e 2001, Uma odisséia no espaço – de Stanley Kubrick -.

- Site do livro “Interação mediada por computador: comunicação, cibercultura e cognição”, de Alex Primo
Muito interativo, o site do livro de Alex Primo busca aproximar o leitor que procura, de algum modo, uma extensão do livro. Está disponível uma animação que contém um resumo da discussão proposta no livro, que engloba o conceito e os tipos existentes de interação mediada por computador.

A morte do papel?

ALLAN FERNANDO
GUILHERME SOUZA COSTA

Quando o Ipad foi anunciado em 2009, surgiu a polêmica se de fato tratava-se de um apetrecho útil ou apenas mais uma moda lançada por Steve Jobs, o magnata da maior empresa de tecnologia do mundo.
            Depois de três milhões de unidades vendidas, o gadget não apenas se mostrou eficiente como serviu de trampolim para um mercado que até então engatinhava de maneira tímida: o nicho de e-books.
            Com o todo o frisson causado pelo lançamento do novo apetrecho da Apple - o Ipad – a busca por livros digitais teve um crescimento significativo, bem como o número de empresas que disputam para conquistar os consumidores em potencial desse novo mercado.
O Kindle, leitor de livros digitais da Amazon, teve novos modelos lançados e uma vertiginosa explosão de vendas. Concomitantemente, várias empresas de tecnologia, como Sony, Acer a Asus, apenas para citar as maiores, também anunciaram o lançamento de seus próprios leitores digitais. O potencial se mostrou tamanho que a mesma Amazon iniciou uma medida que, em um futuro próximo, permitirá que os tablets sejam para os livros o que o Youtube foi para os vídeos: sua digitalização e democratização de forma instantânea. Dispensando a necessidade de ter que passar pelo apurado crivo de uma editora, a Amazon publicará livros digitais de qualquer escritor que decida se aventurar na empreitada, com reversão automática de 70% dos lucros obtidos. No mercado impresso, por exemplo, paga-se em torno de 20% de royalties para os escritores. Para especialistas americanos, dentro de cinco anos, os e-books terão, pelo menos, metade do mercado.
Pode ser, portanto, que a onda iniciada pelo Ipad não prenuncie a morte do papel. Mas com certeza a popularidade que essa nova tecnologia alcançou mostra que, de hoje em diante, os livros digitais vieram para ficar em nossas estantes. Virtuais, é claro.

O desafio do profissional de Comunicação do Contexto da Cibercultura
           
            As empresas de comunicação ou veículos geradores de notícias hoje já parecem ter percebido que não podem mais se ater a apenas um suporte para se manter vivos no mercado editorial. Um empresa jornalística, por exemplo, não pode mais se ater a apenas um veículo. Hoje em dia, praticamente todas as rádios, jornais, revistas, e telejornais mantêm, simultaneamente, páginas na internet, redes sociais e canais de relacionamento tanto com seus espectadores como também com seus anunciantes. Essa multimidialização dos veículos de informação, ou seja, uma mesma empresa jornalística interagindo por mais de um suporte, de início parecia estar surgindo para facilitar a vida do jornalista. Mas não é bem assim. Agora o profissional da comunicação tem um espaço de informação bem maior para preencher e alimentar. Seu trabalho não ganhou apenas qualidade e agilidade, como ele queria, mas ganhou quantidade, paradoxalmente. O nível de exigência desse profissional tende apenas a crescer nesta relação de maior interação do ciberesapaço com o jornalismo. Este processo deve ainda excluir os profissionais que não se mantiveram atualizados e adaptados a esse novo contexto de jornalismo cada vez mais cibercultural.

Curiosidades sobre o Ipad

A primeira edição da Wired Magazine lançada para Ipad vendeu mais de 24 mil unidades em apenas 24 horas. Nas bancas, uma tiragem total da Revista tem uma média de 82 mil unidades. A publicação conta ainda com 682 mil assinantes. Ou seja, os números da versão para Ipad são considerados bem significativos.
Um restaurante da Austrália trocou seu cardápio tradicional por um Ipad. Recentemente, o Hotel North Sydney Rydges criou um aplicativo para o iPad sob medida para o seu restaurante, com a qual clientes podem buscar nas páginas do menu virtual de forma rápida e simples. Os clientes podem ver fotos, descrição, ingredientes dos pratos que estão sendo oferecidos no dia, além de outros detalhes, antes mesmo do prato ser feito e enviar para a cozinha para preparo via Wi-Fi. Além disto, o aplicativo sugere até os melhores vinhos da casa para acompanhar a refeição.